Rômulo Viana 26 de junho de 2008

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Chega então o Valdemar em sua casa para almoçar.
O feijão ainda no fogo a cozinhar,
Sua mulher no canto a chorar

E seu filho no berço a soluçar
Sem mingau para tomar.
O feijão cozinha,
Está pronto!
E é só este que a fome há de sanar ou pelo menos aliviar,
Já que o salário minimo faltou
E arroz ele não comprou.
O jeito então é improvisar:
Não é peixe, Mas com farinha da de levar.
Não é caviar, Mas o bucho da de enganar
O feijão é pouco
Acabou, Faltou…
Valdemar com fome ainda ficou (está)
Pensando no amanhã:
“Amanhã será diferente,
Meu bom Deus
Eu, hei, de tomar um café quente…”

Obs: Imagem do autor

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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