Bandeirinhas, bandeirolas, cores vivas, claras, grandes e pequenas; bem diferentes uma das outras, mas muito iguais ao balançarem ao vento. Até parece que houve ensaio o ano inteiro.
Como o vento as conduz igualmente!
Em cima, elas são as rainhas, ditando o balanço ao seu povo, que rodopeiam nos salões, fazendo igualzinho a elas.
Ao som do forró eles se vão, esquecendo dos problemas que também foram pra longe, neste momento mágico, fascinante. O delírio contagia a massa.
É São João que está sendo festejado
João das fogueiras,
João das capelinhas,
João dos balões.
A festa é frenética e saborosa: canjica, pamonha, milho assado e cozido, cuscuz de todo tamanho. Bolo de milho e caipirinha pra não dar indigestão. O povo canta e dança em plena rua. Eita São João esperado!… Fogos a todo instante.
Diz a mãe pra seu garoto: – Requebra o esqueleto menino, já é noite de São João. E a criança se faz de mamulengo e vai. Vai cortando o caminho no meio da multidão com seu tamanco ritmado saudando o dono da festa.
Ó glorioso São João!…
16.06.2008