Comentário/ editorial no Jornal da Manhã (Rádio Rural AM)
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Quem já leu um romance do autor obidense Inglês de Sousa? Coronel Sangrado, O Missionário, entre outros? Quem já leu um romance do ilustre alenquerence Benedito Monteiro? E os poemas do santareno Ruy Barata? E quem leu ricos documentários de outro santareno, Lúcio Flavio Pinto? São tantos os escritores desta culta região do oeste do Pará, futuro Estado da nação brasileira.

Todo esse material estará exposto no Salão do Livro, nos próximos dias, na cidade de Santarém. Algo realmente novo e importante que em geral só acontece nas grandes capitais. Mesmo não tendo ainda local definido, já que fazer na praça aberta neste período de chuva é uma temeridade.

Um Salão, que é uma feira do livro, não pode ser perdida por quem não vive só em busca de alimentar o corpo; quem já sente necessidade de conhecer pensar, alimentar sua visão crítica da vida; quem já compreendeu que só a televisão não abastece uma inteligência humana, de tão medíocre que ela é.

O Salão do Livro é um sinal de vida de uma sociedade, mesmo quando, tão pobre de bibliotecas e livrarias. Ler bons livros abre a mente, ajuda a pessoa a sair do mundo pequeno do dia-a-dia. Quem lê bons livros consegue ver além do nariz, alimenta o espírito. (…)

Compreendendo isso, certamente todas as escolas, todos os pais de filhos estudantes estarão lá com a turma escolar, analisando a variedade de livros expostos. E não só de Santarém, mas de todos os municípios da região. E dos municípios vizinhos quem já consegue ver novos horizontes dará um jeito de trazer uma caravana até Santarém a participar deste evento.

Embora hoje a televisão invada as famílias com suas mediocridades, é o livro que faz a pessoa sair de si e dialogar com o diferente. E o pensamento diferente é que ajuda a pessoa a compreender o mundo fora e ao redor de si. Não se precisa concordar com o autor do livro, mas ele certamente provoca o leitor a evoluir, pensar o novo, talvez mudar seu jeito limitado de pensar e de agir.