Era uma tarde “daquelas”…Uma aula após a outra , sem intervalo.Já estava cansada, , mas aquela turma era muito participativa e acabava me animando. O tema era “Adolescência, seus problemas e conflitos”. Comecei a perguntar e pedir que escrevessem no quadro, quais os problemas que elas achavam mais comuns nessa fase. Aí surgiu: família, namoro, escolha da profissão… Ao fim de algum tempo, uma das alunas escreveu sequiço, ao lado dos outros problemas sugeridos. Olhei e de imediato estranhei.O que era aquilo? Mas a menina, falando, logo me tirou a dúvida: sexo!!! Preparei-me para o protesto veemente da turma, que não veio… Oh, céus!!!!
Perguntei se estava tudo bem, questionei, nada! Tomei coragem e fui direto ao ponto: perguntei se aquela palavra, sequiço, estava correta. Silêncio longo e constrangedor… Eu, agoniada, de espanto em espanto! Alguns murmúrios, até que uma das jovens, com ar triunfante, declarou : “- Não está certa, não! Está faltando o acento agudo no “e”: séquiço!!!” A turma concordou, aliviada…
Esse fato tragi-cômico ocorreu comigo, no início da década de 80, numa escola de formação de professores…