“… a construção da grande corrente onde o ponto comum é o amor: solda unificadora e fortalecedora do crescimento humano.”
…decorridos cinco anos do que aconteceu, é prudente algumas considerações. Os livros, as experiências místicas e o trabalho foram companheiros inseparáveis dos dias opacos que enfrentei. Confesso, em nenhum deles, a síntese da minha verdade estava explicada. Entretanto, em tudo que vi, ouvi, li, o amor sempre esteve presente. Isto hoje, me dá a certeza de que na equação do ser humano, composta de muitas variáveis, ele entra como uma constante. Viver com amor é saber aceitar, sem esquecer-se de si próprio. Contudo, a falta de conhecimento teórico constitui-se numa grande questão, ou numa desculpa, num motivo para esconder o medo. Medo de interferir sem solucionar. Não. Nunca devemos pensar que é tarde ou que precisamos de teoria para agir. Devemos, sim, aceitar o que somos capazes de fazer. A respeito deste assunto, recordo-me de uma conversa que tive com Larissa. Respaldado em tudo o que nos aconteceu, queria que ela me ajudasse a desenvolver ações em favor dos nossos semelhantes. Disse que jamais me sentia confortável ou feliz, mesmo com ela ao meu lado, se não procurasse dar um pouco desta nossa alegria a alguém. Que se olhasse com atenção veria que a alegria e a tristeza se alternam com freqüência e variam de pessoa a pessoa. Uns sentem-se felizes se encontrarem sua “alma gêmea”, se conseguirem casa para morar ou carro, saúde. Assim vai diferenciando-se para cada pessoa. Ao alcançarem o objetivo, voltarão a ficar ansiosos e desejosos de algo mais. Por quê? Porque o que nos traz felicidade não é apenas alcançar o objetivo pretendido. É conhecer a si mesmo, é entender a nossa própria verdade, é dar um sentido à vida. Aí sim, a tristeza e o sofrimento poderão ser enfrentados, dominados a tal ponto de tornar os momentos de alegria, mais freqüentes …
Obs.: Este texto foi extraído do livro “Incansável Busca”.
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