Abra as portas
Venha conhecer o tempo
Segundos, mistérios e silêncios
Venha aprender a felicidade
Hoje é o dia da tua paz
Atrás das cortinas
Existe o mundo
Não tenha medo, abra as portas!
Venha correr o risco de ser humana
Desate as amarras do coração
O que é o sofrer diante da possibilidade de ser feliz?
O que é a dor diante da vida que nasce?
Não adianta Ter medo de ser amada
A fúria da beleza
Arromba os portões em que te seguras
Transforma em ternura
O amanhecer do primeiro dia da liberdade
O que fazer com os dias guardados?
Com o tempo adormecido à espera?
Esqueça! Não existe mais…
A aventura ingrata do teu viver
Aconteceu nos dias do teu descanso
Levou embora o caminho
E o carinho feneceu com a flor
Abra as portas
Vamos viajar no tempo
Recomeçar a existência
Abra as portas sou eu que bato.
Santarém,15/06/93