Viver, portanto, é uma ousadia. A ousadia é, depois da prudência, uma condição especial da nossa felicidade. Precisamos ser ousados para assumir corajosamente todos os riscos que possam surgir na caminhada da nossa existência. Sem medo, em temores, sem desânimo e com uma confiança que não se deixa abalar e que nos permite prosseguir com alegria apesar da consciência dos nossos limites e dos obstáculos que tenhamos que enfrentar. Deus nos ama. Afinal, estamos ou não convencidos disso?
Deus, que pensou em nós com carinho, nos amou desde toda a eternidade e nos chamou à vida, continua a nos acompanhar com sua presença amorosa, com seu olhar cheio de ternura. Ele nos ama na totalidade e na verdade daquilo que somos, oferecendo-nos a possibilidade de percorrer, com segurança, o caminho, por meio do qual atingiremos a meta de nossa vocação à vida: ser felizes.
O projeto de Deus é que sejamos felizes como criaturas, como pessoas humanas. Fomos chamados à vida para sermos felizes. Para isso, é necessário que estejamos abertos à ação amorosa de Deus, aos sinais de sua presença, às mediações humanas a nos apontarem os caminhos. É preciso mergulhar na ternura de Deus, pois foi essa ternura que nos teceu no seio materno. É preciso acreditar que Deus nos amou primeiro e que somos uma conseqüência desse amor.