Para muitos, o ato de redigir é um processo penoso e crucial que tem como resultado somente fortes dores de cabeça.
Ele não se restringi a colocar no papel idéias já pré-formuladas na mente, mas envolve fatores de ordem gramatical e social. Talvez sejam estes os grandes culpados pela antipatia, inabilidade de muitos em relação ao diálogo escrito.
A própria gramática, que deveria dar-nos a liberdade na exposição de nossas idéias, é a primeira a aprisionar o nosso conhecimento. Formatando modelos de textos os quais devem ser parafraseados. E além disso, nos aprisiona dentro de trinta linhas, julgando-nós capazes de mais ou insuficientes de menos.
A sociedade tem sua parcela de culpa nesse processo. A programação diária dos meios de comunicação não está voltada para a formação crítica do leitor. Preferimos textos de ficção inertes à realidade social. No entanto, universidades exigem cada vez mais a essência crítica aprofundada. E este é o grande empecilho pelo gosto de escrver, pois requer, acima de tudo, o conhecimento da leitura.
A hipocrisia apregoada na sociedade de que o ato de redigir deve atender apenas a três princípios básicos: início, meio e fim deve ser derrubada. Há um mundo mais vasto cercando essa arte, onde encontramos criatividade e, principalmente, ousadia do autor.