Sócrates escreveu acima da porta de sua casa, onde ensinava filosofia aos seus discípulos: “Conhece-te a ti mesmo”.
Esse princípio não foi ultrapassado como possam imaginar. Pelo contrário, continua válido até hoje, pois só na medida em que nos conhecermos profundamente, teremos a capacidade de conhecer melhor os outros e a realidade que nos cerca.
Dificilmente nos fazemos esta pergunta: “Quem sou eu?”. Temos medo e vergonha de um confronto com a nossa verdade. Por isso, fugimos, preferindo viver na ilusão. Mas quem vive na ilusão não consegue ser feliz.
Por outro lado, arvoramo-nos em saber quem são os outros, arriscando-nos até a fazer comentários e críticas. E isso é muito fácil e perigoso ao mesmo tempo.
No exercício do ministério da escuta, o que faço sempre com muito carinho, um dia fui procurado por um jovem já casado que, durante a nossa conversa, não falou de outra coisa a não ser de desgraças, coisas negativas, principalmente de si mesmo. Ouvi tranqüilamente e a seguir lhe falei: diga-me agora algumas qualidades suas e alguns fatos bonitos de sua vida e que marcaram a sua história. E sabem o que aconteceu? Ele não conseguiu.
A principal tarefa da existência humana é SER FELIZ e essa tarefa começa quando assumimos nossa história, nossa verdade com suas contradições e diferenças. Só assim teremos a necessária serenidade para caminhar e realizar essa tarefa.