Ao longo desses 30 anos, sonhamos pequeno e sonhamos grande. Incentivamos lutas de rua e conspirações; espalhamos canções e revolução. Acreditamos até em eleição.
Tivemos erros, mas nenhuma dúvida do acerto da luta contra a opressão – nem caridade, nem vingança, apenas a emancipação de homens e mulheres da classe oprimida.
Aprendemos que, na vida, existe sede de pão e de beleza. Para alcançá-las é preciso coragem, sabedoria, paixão.
Que o ser humano, homem ou mulher, ao rebelar-se, já começa a fazer sua primeira revolução.
Que educação é anunciar, como no passado, que juntando a força e o pensamento, a vida pode ser bem melhor e será! Que formar é multiplicar, é problematizar, é qualificar, sem doutrinarismo, o saber popular… e juntos, dar um passo à frente.

Que ser educador é ser exemplo, semente, reflexo e espelho daquilo que queremos gestar. O que não está na semente, não vai estar na planta, nem no fruto que ela vai dar… “não basta que seja justa e pura a nossa causa, é preciso que ela passe por dentro de nós.”

Que não há neutralidade no ato de educar. É sempre um risco.
Que os inimigos que se beneficiam com a alienação, continuam implacáveis, mas a justeza da causa e o testemunho dos mártires pulsam em nossa veia, na nossa mente e no nosso coração.

Por fim, aprendemos que para recriar a vida e despertar novas paixões é preciso entregar-se, fazer sintonizar o cotidiano com o sonho e ter esse jeito louco de amar o povo.
Sem mística não dá pra educar pra viver, pra vencer, pra ser feliz.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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