MÃE e FILHO, harmonioso dueto criado por Deus e cujo eco de seus sagrados acordes deleita e torna feliz todo o universo.
MÃE e FILHO se completam, MÃE quer dizer FILHO. MÃE quer dizer AMOR.
Sem querer chegar ao exagero destas palavras de Vitor Hugo: “A sociedade mais moralizada e direi até, mais feliz, é aquela em que todas as mulheres são MÃES”; alguém também arriscou-se a afirmar que a mulher só atinge a plenitude de pessoa humana ao sagrar-se e consagrar-se MÃE.
Muitas vezes, a mulher não vivencia uma maternidade biológica, entretanto, assume heroicamente uma incomparável maternidade espiritual, responsabilizando-se pelo venturoso destino de uma infinita plêiade de “filhos”, garantindo, ainda, equilíbrio e felicidade à família e à sociedade, aos povos.
Lembremo-nos de que os filhos não são propriedades das MÃES.
Estas são somente guardiãs, escolhidas pelo Pai do Céu, para eles.
E para salientar quão importante e específico é o desempenho materno no futuro filial, detenhamo-no nesta ligeira e singela matáfora de Kahlil Gibran: “Os filhos ansiosos para dominar a vida são setas que miram o amanhã e as MÃES são apenas os arcos que se curvam para arremessá-los”.
É a mãe que deve traçar-lhes a caminhada, olhando em frente, apontado-lhes o alto, o bem, a perfeição. “O futuro a Deus pertence”, diz a sabedoria popular, porém, as MÃES devem preparar os filhos para o imprevisível, assimilando a mensagem do gênio Chaplin: “Os pássaros cantarão amanhã”.
E toda essa trajetória do agir materno é acionada pela força suprema do AMOR porque ELA é simplesmente MÃE.
“Nada verdadeiramente grande se faz sem uma parcela de AMOR”.
São conhecidos fatos comuns e até históricos que registram a ilimitada dimensão do AMOR DE MÃE, quando esta se converte em heróico holocausto, assumindo a responsabilidade de crimes praticados pelos filhos, padecendo os castigos que seriam a eles impostos. E às vezes, ainda, chega à imolação suprema sacrificando a própria vida.
Façamos aqui, uma referência bem especial às heroínas anônimas, aquelas MÃES que, desprovidas de todos os recursos, cuidam milagrosamente de seus filhos, suprindo com o AMOR toda carência, pobreza e sofrimento.
Amar os filhos, entretanto, não significa dispensar-lhes tolerância absoluta, satisfazendo-lhes todos os desejos lícitos e ilícitos.
“A MÃE é a mais perfeita obra de Deus!…”
A dignidade materna não é dom gratuito, nem rua de mão única. É preço não somente de seus privilégios, mas também, de uma profunda conscientização de sua elevada responsabilidade de formar cidadãos em benefício da humanidade, assegurando-lhes a felicidade terrena e eterna.
E como tudo aquilo que o coração ama torna-se eterno, eterno é, com certeza, aquele AMOR do coração que sai da MÃE para outro corpo, em forma de “OUTRO EU” – O FILHO.
Eterno, incomparavelmente eterno, é o AMOR DE MÃE, DE NOSSAS MÃES, DE TODAS AS MÃES DO MUNDO!…
(Autora de Retalhos do Cotidiano)