Bem-aventuradas as mulheres
que na hora do parto reconhecem o filho da própria entranha.
Bem-aventuradas as mulheres
que aprenderam nos prostíbulos a lutar pela defesa de sua dignidade como ser humano.
Bem-aventuradas as mulheres que suportam com coragem as adversidades da vida acreditando que amanhã será um dia melhor.
Bem-aventuradas as mulheres que com o seu trabalho honesto garantem o pão de cada dia para os seus amados filhos.
Bem-aventuradas as mulheres que não temem denunciar os preconceitos, as discriminações sociais que são vítimas por causa de sua cor e de sua situação social.
Bem-aventuradas as mulheres que defendem a vida e sabem semear sementes de vida onde impera a morte.
Bem-aventuradas as mulheres que no seu anonimato contribuem para que a sociedade seja mais humana, mais materna.
( 08.03.2007 – Carpina/PE)