Lug Costa 10 de março de 2007

Bem-aventuradas as mulheres
que na hora do parto reconhecem o filho da própria entranha.

Bem-aventuradas as mulheres
que aprenderam nos prostíbulos a lutar pela defesa de sua dignidade como ser humano.

Bem-aventuradas as mulheres que suportam com coragem as adversidades da vida acreditando que amanhã será um dia melhor.

Bem-aventuradas as mulheres que com o seu trabalho honesto garantem o pão de cada dia para os seus amados filhos.

Bem-aventuradas as mulheres que não temem denunciar os preconceitos, as discriminações sociais que são vítimas por causa de sua cor e de sua situação social.

Bem-aventuradas as mulheres que defendem a vida e sabem semear sementes de vida onde impera a morte.

Bem-aventuradas as mulheres que no seu anonimato contribuem para que a sociedade seja mais humana, mais materna.

( 08.03.2007 – Carpina/PE)

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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