Carlota Augusta 16 de dezembro de 2006

Quando estou cá, eu rio prá poder viver.
Quando estou lá ,eu rio prá deixar viver,
É talvez por isso que a tristeza,
Porque já não tem hora prá si
( pois se não estou cá, estou lá – estou sempre rindo)
Vem na mesma hora que o riso,
e já não consigo deixar de rir.
Só que às vezes dói, sabe?
às vezes dói rir sempre!
Mas que fazer?
Há outros mais tristes, ou há tanta alegria,
que a minha tristeza não pode caber.
Então, sabe?
Eu dou as costas para mim e viro de frente para os outros…
e já viro de frente a sorrir.
Às vezes eu desanimo, penso em sair por aí,
em fechar o riso forçado, em deixá-lo morrer frente a alguém.
Eu já tentei, sabe?
já consegui algumas vezes, mas não nas horas piores.
Nas horas piores não há tempo…
há um riso marcado para as três horas, que alguém precisa ouvir.
E é mais importante que eu ria prá alegrar a tristeza dos outros
do que afogá-los mais ainda numa outra tristeza… a minha,
Por isso, se um dia desses,notarem que não consigo sorrir,
não zanguem, não pensem em nada…
É apenas a hora livre que eu tive prá ficar triste…
O tempo entre o CÁ E O LA´!!!!

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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