14 de dezembro de 2006
Parece que queria subir o morro e dobrar a esquina, lá onde o “Judas perdeu as botas” nada tinha e nada queria a não ser a plenitude de se achar a mais bela das quebradas. Ao andar rebolava o mundo num vai e vem gostoso de se admirar. Era tão clara como o sol do meio dia em estradas do sertão. Entrava nos barracos sabendo qual seria o ganho do dia. Vadia? Não apenas mais uma vida a vender os dotes e dons concedidos ao léu em uma noite de estupro. Dotes que fartariam o mais requintado e nobre reis dos reis. Sem ser descoberta pela realeza vendia-se aos bêbados e casais em busca de emoções. Por trocados, assim ganhava o pão.
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Bauru/SP
Obs: Imagem enviada pela autora
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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