5 de novembro de 2006
Só aprendi,
Como persistente artesão,
Poesia.
Imito o poeta parnasiano.
Quando estou triste,
Faço baladas como John Donne.
Apuro a forma,
Procuro a palavra no fundo do abismo,
E não há palavra.
Preso, incomunicável,
Não me ofertam palavras,
Senão o concreto lavrar a terra,
A liberdade de navegar
Singrando apenas sonho.
Necessito da palavra
Como do rio corrente,
Tão incomunicáveis
No meu silêncio.
Esmago o alfabeto
Como se esmagasse flores
No desespero contingente
De alcançar o absoluto.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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