29 de outubro de 2006
Lancei em suas águas meu umbigo
Eram claras essas águas passageiras
Cristalinas lágrimas de menino
A cumprir este rito muito antigo
Depois nele banhei minha alegria
Nesse estirão de águas tão dolentes
deslisando-se calmamente para o mar
indiferente ao sonho que eu vivia
Velho rio, velho rio que saudade
Levaste o meu umbigo para sempre
E com eles as migalhas dos meus sonhos
Hoje guardadas no teu seio velhas lendas
Prosaicas fantasias adormecidas
Estou perto de ti, como estou perto.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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