Edilson Rocha 24 de outubro de 2006

Passarinhos engaiolados cantam, gorgeiam, trinam ou lamentam a liberdade perdida?
Alegria ou saudade?
Beleza apreendida, possuída, cativa de olhos cúpidos, malditos, de pseudo-poetas!
Flores podadas, enfeixadas, vendidas, fadadas a colorir os olhos e inflar corações
dominados pela vaidade, vã glória, falsa alegria que se deleita com a morte da beleza.
Padecemos este mal da apropriaçao. Difícil alguém que não. Que se contente
no contemplar sem possuir.
Deseja-se possuir o que os olhos vêem. O belo-objeto do desejo se transforma em
mercadoria que tem um preço a ser pago, consumido, transformado, entulho.
Ter só para si, desfrutar, jogar fora, descartar…
Até das pessoas nos apropriamos de muitos modos. Desejamos possuir o que
gostamos e mesmo a gente se transforma em mercadoria,
objeto de desejo, de consumo e de descarte.
Perde-se a liberdade,
fenece a beleza, o belo se cativa.
No pior sentido do termo!

14/09/2006

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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