Era uma vez um 7 impresso de vermelho na folhinha do calendário de todos os brasileiros…
Era aquele 7 DE SETEMBRO vivido alegre, cívica e patrioticamente pelo nosso Brasil, do norte ao sul, do leste ao oeste.
Era o ícone comemorativo da plenitude da nossa dignidade política, inserindo-se no contexto mundial das nações livres- A INDEPENDÊNCIA.
Lembremos que entre as faculdades concedidas ao homem pelo criador, a que mais o dignifica e enobrece é a LIBERDADE. E o Brasil experimentou o privilégio de tornar-se livre, escutando bem forte o eco inesquecível e histórico grito: INDEPENDÊNCIA OU MORTE! Era, enfim, o FERIADO MAIOR da nossa PÁTRIA.
Era o 7 DE SETEMBRO, realmente, um dia de festa em todas as nossas grandes e importantes metrópoles, como nos mais humildes rincões.

Lamentavelmente, hoje o 7 DE SETEMBRO quase ou nada tem a comemorar com autenticidade, diante de tantas e gradativas vendas e invasões.
Uma pseudo-independência grassa o nosso País, com grandes injustiças devolvendo o brasileiro à antiga condição de escravo.
O patriotismo, este sagrado sentimento, já não pulsa forte no coração dos nossos compatriotas, nem o 7 DE SETEMBRO tem aquele sabor pátrio dos bons tempos.
Como “recordar é viver”, reportemo-nos a um lindo e feliz passado e revivamos aqueles célebres desfiles militares e principalmente escolares, cujos participantes, impecavelmente fardados, abrilhantavam o DIA DA PÁTRIA qual uma diáfana apoteose enlevando e alegrando os olhos, os sentimentos e os corações.
As ruas contempladas com o privilégio dos desfiles, repletas de espectadores, presididos pelas autoridades locais, do alto do palanque aguardavam ansiosos e assistiam àquela solenidade cívica, ovacionando, aplaudindo os desfilantes, dispensando, com certeza, um aplauso bem especial às DESFILANTES.
Estas muito elegantes marchavam numa cadência impecável e alegre ao som de bandas marciais selecionadas, num clima de aclamação, entusiasmo e muito aplauso.
Tudo isso passou porque “nada que se vê e que se ama, foi-nos destinado para sempre”.
Eram outros tempos, outras pessoas, outra realidade!…

Sem querer fazer julgamento injusto e precipitado, a nossa afirmação é que o 7 DE SETEMBRO continua sendo comemorado, porém, formalmente, artificialmente, quase obrigatoriamente.
Resta-nos, portanto, arregimentarmos bravamente esperanças e otimismo e confiarmos que num promissor e bem próximo futuro, entoaremos com aquele patriotismo bem brasileiro, bem nosso:
JÁ RAIOU A LIBERDADE NO HORIZONTE DO BRASIL!…

(autora de Retalhos do Cotidiano)

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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