19 de setembro de 2006
Por que falar de algo que não existe? Ou de pessoas que passam por nós como se não existissem? Nas ruas, os olhos não se cruzaram, as mãos não se tocaram, passageiros de uma alameda apenas. Talvez seus pés tenham pisado no mesmo espaço, seus ouvidos tenham escutado a mesma canção. Talvez o perfume da flor tenha alcançado os mesmos objetivos. Mas não se conheceram, talvez suas bocas tenham experimentado o mesmo gosto, a mesma saliva. Talvez a noite tenha caído e não se deram conta de que a vida passava por eles, e cada qual corria rumo a si mesmos em direções opostas.
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Bauru/SP
Obs: Imagem enviada pela autora
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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