Lug Costa 6 de setembro de 2006

A casa-mãe
perdida no meio da mata,
sem número, placa de identificação,
seio largo que amamenta os filhos no calor e no frio.
abrigo seguro de poucos e de muitos.
Do seio materno pouco interessa quando sairão.
Acolhedora dos nascentes e dos morrentes.
Toca da multiplicação.
Acobertadora de erros e acertos.
Debaixo de tua saia-chopana manténs os filhos acalorados, protegidos.
Cheiro de barro cru, molhado, fornado.

Vestido cor-de-terra tingida,
costelas espostas noite e dia,
ventre aberto por dentro e por fora,
protetora dos temporais, abrigo seguro.

( 13.06.2004)

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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