“Comerás o teu pão com o suor do teu rosto¿”
Estava assim instituído o TRABALHO. Pois, estas magistrais e punitivas palavras condicionaram o homem ao labutar, exigência sine qua non da existência.
Entretanto, atualmente, como um aparente descumprir deste divino vaticínio, milhões e milhões de pessoas no mundo inteiro são levadas involuntariamente à inatividade.
É o trágico espectro e cruel fantasma do desemprego.
Inúmeras são as causas responsáveis por esse desolador e complexo fenômeno mundial.
Acreditamos que, entre muitas outras, podemos destacar a guerra da máquina contra o homem, envolvendo a ganância empresarial, a exigência de maior capacitação, conhecimento de línguas, informática e sólida cultura geral, requisitos esses inacessíveis para a maioria do pobre e sofrido trabalhador.
Acrescentamos ainda que problemas ecológicos e climáticos e, sobretudo, o crescimento assombroso da humanidade contribuem e agravam expressivamente a escassez do emprego.
E, assim, o sofrimento, a dor, a tristeza e a desolação estão de modo impiedoso grassando as pessoas e todo o nosso planeta.
A CNBB, muito oportunamente, escolheu como lema para a CAMPANHA DA FRATERNIDADE – 99: SEM TRABALHO… POR QUÊ?
É responsabilidade de todos tentar oportunizar, criar e facilitar emprego para os nossos irmãos.
Aos poderes públicos, de modo especial, cabe o dever de elaborar um modelo econômico mais justo e humano, implantar uma reforma agrária racional e equilibrada, diminuir a jornada de trabalho sem prejuízo salarial, extinguir as horas extras, instalar microempresas, estas tão apregoadas por Herbert de Souza (Betinho).
A conscientização da autêntica solidariedade será, com certeza, a mola mestra, a palavra definitiva na luta contra o flagelo dos CRUÉIS DESEMPREGOS.
E aqui, podemos apontar o maravilhoso esquema de distribuição de lucro chamado ECONOMIA DE COMUNHÃO, já experimentado em várias empresas brasileiras e estrangeiras, como exemplo de êxito dessa feliz e tão desejada realidade.
Enfim, “TER UM EMPREGO NÃO É APENAS UM MEIO DE SOBREVIVER, MAS É A PRÓPRIA DIGNIDADE DO SER HUMANO”.
(Autora de Retalhos do Cotidiano)