Apesar do zumbido, das incertezas e do frio;
apesar do incômodo de fazer e desfazer as malas de três em três dias…
Escolhi esta vida de peregrinação, este jeito de ser.
Contemplo no dia-a-dia a beleza da paisagem,
flores de cores e perfumes diversos…
Penetro em minha solidão.
Feridas purulentas se projetam sobre mim,
o sangue das punhaladas salpica o meu rosto
e a alma silencia…
Ressentimentos e ódios sufocam o coração e o olhar ofusca o momento.
Na caminhada luto para ser feliz carregando a dor em suas dimensões de eternidade.
Prossigo carregando farrapos de alegria e desencontros.
O cansaço se prolonga nas veias e retorno na partilha liberta…

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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