resomar 5 de agosto de 2006

Há rastros que escorrem no silêncio de passos e fechamos todos os portões de acesso ao coração…
Há mistérios desnudados explodindo no olhar, em uma mistura de contemplação e espanto e quebramos todos os espelhos e vidraças…
A paisagem escurece e a carícia da brisa deixa de ser o bálsamo da alma…

Na essência de nossa memória tememos o retorno; o instante dos murmúrios e afagos; a poesia no sabor doce de um beijo (in)acabado…
O abraço espalha prazer e o corpo ávido recolhe saudades…
Fugimos do amor deixando a bagagem empoeirada, anônima em rudes explicações…
Escalamos a superfície do infinito sem a coragem de prosseguir…
Obscuras razões anestesiam os sonhos e tememos o ridículo…
Em um gorjeio de asas partidas, aprendemos o esplendor da entrega sem limites em cores embriagadas, amanhecendo na poesia que se debate em harpa dolorida…

26.06.2006 

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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