16 de julho de 2006
Em memória de José Gonçalves de Medeiros
Pássaro morto.
Morto? Talvez a vida
Na terra, sob flores, na memória,
Perdure como um sonho.
Pássaro morto.
Coração morto.
Pensamento morto.
É pena que tenha sido você, José.
Penas soltas de risos e de mágoas.
A vida estará nos gestos que se foram,
No pranto dos amigos,
Nos livros, nos lenços, na saudade.
Riso morto num rio
De asas paradas.
Você, José?
Você, menino?
Adeus, pássaro morto,
Jovem pássaro.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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