A velhice seria o calvário da vida, afirmou o escritor italiano Giovanni Papini.
Amenizemos o rigor destas palavras, reconhecendo, porém, razões para o seu proferir.
Os anos acumulados e a ascensão no tempo trazem realmente limitações pessoais de natureza variada.
Atrasam-se os passos e o ritmo veloz e alucinante da vida não pode mais ser acompanhado.
De qualquer maneira, entretanto, seria melhor, mais eficaz, repetir as sábias palavras do Livro Sagrado:!¿A vida longa é uma bem-aventurança e os detentores de grande idade são privilegiados.”
Alguém chegou também a dizer: Nascer é vital, viver é natural e envelhecer é um PRIVILÉGIO.
O idoso talvez não seja mais capaz de produzir muitas coisas, porém, nele se concentra a maior riqueza da vida – A SABEDORIA.
Ele é, sem dúvida, aquele receptáculo do incomparável tesouro da experiência, que transmite preciosas informações aos jovens, enriquecendo-os de conhecimento, saber e vida. Só a experiência própria é capaz de tornar sábio o homem.
Muitos erros são evitados quando se tem a humildade de aprender com a experiência dos outros.
“O progresso se fundamenta na sabedoria do passado”.

Confrontando o jovem com o idoso, muita coisa há a considerar. O jovem sonha, o idoso experimenta a realidade.
Já foi dito que nos olhos do jovem arde uma chama e nos olhos do idoso brilha a luz.
Enfim, o tempo é inexorável. Passa igual para todos.
Por isso, não é virtude ser jovem, nem pecado ser idoso.
Cada um tem a idade do seu coração, da sua experiência, da sua fé.
E nesse cenário de competição etária, surge com certeza, a protagonista do espetáculo – a doce figura da VOVÓ, homenageada em 26 de julho, dia consagrado aos Santos Joaquim e Ana, pais de Maria e avós de Jesus.
E qual o neto que não gosta de ficar com a sempre delicada VOVÓ, dormir em sua casa, pedir-lhe para contar histórias, falar das coisas do passado, preparar aquele bolo gostoso, solicitar-lhe dinheiro para ir ao circo, cinema, comprar sorvete ou outra guloseima?
Prestemos uma bonita e justa homenagem a todas as VOVÓS do mundo e nós que já galgamos esse tão especial e cobiçado posto, façamos da vida dos nossos netos a nossa própria vida e alegremo-nos sempre com eles.
Continuemos a nossa caminhada, rindo. E a exemplo das árvores fortes que insistem viver dando sombra, consolo e alegria a todos, principalmente aos netinhos, seja assim nossa benfazeja vida, acreditando que o tempo é o melhor autor: sempre encontra um final perfeito, segundo Charles Chaplin.

Às VOVÓS, nossos PARABÉNS, e nossa exaltação de louvor e admiração pelo seu desempenho de carinho e ternura; e aos netos, a felicidade de ao redor delas poder repetir muitas vezes: BÊNÇÃO, VOVÓ!…
Deus lhe conceda uma longa vida!…

(autora de Retalhos do Cotidiano.)

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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