25 de junho de 2006
Trabalharei o poema
Até que o suor
Escorra pela face
E os músculos se retesem.
Até que a frase
Ao deformar o pensamento
Expresse o grito,
A dolorosa angústia.
Depois, é só.
Um pouco de lassidão
Que torna alegre o homem,
Embora por alguns minutos.
Nada há de fantástico nisto.
Um pouco de dor e aventura
Não fragmentárias,
Mas como tijolo sobre tijolo.
Uma concreta edificação
Sem o cimento e o barro,
Mas de coisas muito fluidas,
Vogais, palavras e ritmo.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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