CREIO NAS MINHAS (IN)CERTEZAS
Teus braços refletidos na paisagem
varam dimensões de uma (in)aceitável fragilidade…
CREIO NAS INJUSTIÇAS DIVINAS
Há um momento inevitável de confrontos e de perdas,
lágrimas e saudades…
CREIO NO TRIUNFO DA FALSIDADE
Queima na alma incoerentes passos,
disfarçados ímpetos…
No rosto a sombra enfastiada…
CREIO NA POSSESSÃO DO ESPÍRITO
Interrogo onde me deixei ficar imerso…
Sentimentos escorrem do olhar e anoitece…
Interrompo a caminhada…
CREIO NA INFELICIDADE HUMANA
Há de haver um silêncio ou um breve momento
onde possa retirar cortinas e máscaras empoeiradas…
Beber (des)encantos impregnados nas paredes (in)tocadas de teu
sonolento corpo…
CREIO EM MIM MESMO.
Basta de ser um pensamento vago,
cinza de uma partida sem retorno,
cálice enegrecido…
Creio na explosão do ser,
em tuas mãos ofegantes e ternas…
Na intuição a trilha da solidão será mais um sonho a latejar…
Madrugadas transbordam farrapos da vida…
LUGCOSTA – 27.04.2006
05.06.2006 – ( resomar)