11 de junho de 2006
A bola é um projeto de amor
Que desfalece entre redes,
De efêmeros sonhos
E desabrocha em gol.
Quantas vezes vi
Sua alma transformada em delírio,
Em olhos anônimos,
Em gritos anônimos,
Em milhares de lágrimas de alegria
Tão efêmeras quanto um gol.
E ficaste só
Como um imenso estádio vazio,
Um grande campo sem luz
Na mecânica de tuas pernas divinas.
O teu sonho foi o teu eterno projeto.
Como se fora um rei
Como se fora um menino
Como se fora a própria bola.
Guardam de ti, na retina,
A parábola da bola no ar
A aflitiva e sutil trajetória
Do sonho brasileiro.
Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.
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