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Acho que a maioria das pessoas acreditam que, como tudo, a infância tem começo, meio e fim. Deixo claro que, para mim, não é bem assim.
A infância começa em um ponto indeterminado e termina da mesma forma nebulosa. Algumas vezes, nem começa, em outras também não termina.
Infância pra mim vai e volta, como uma borboleta. [De novo, uma borboleta]
Em dias de muito calor, quando as flores da nossa mente estão abertas e vistosas, é possível que a borboleta da infância volte e pouse em cima delas, descansando as asas.
Mas em dias de inverno, quando as flores murcham e ficam apenas os espinhos de preocupações e malícias, a borboleta procura outros campos, onde suas asas não serão feridas pelos espinhos.
Borboleta gosta é mesmo do que é colorido, do que chama a atenção, do que marca sua história. Ir à aniversário de criança e comer muita pipoca e algodão doce.Ver um palhaço no meio da rua, correr atrás dos cachorros e dos pombos nas pracinhas. Brincar de balanço, gangorra, amarelinha, pião. Jogar bola no campinho. Bolinha de gude, bicicleta! Lembra-se da primeira volta com a bicicleta?
A infância de cada um, é diferente, mas a essência é única.
É algo gostoso de se ter e de se lembrar, que tem cheirinho de grama molhada, caderno novo; Gostinho de cachorro quente e sorvete de morango; Trilha sonora de desenho animado ou de cantiga de vovó. Tem ralado no joelho, sim, mas tem beijinho de mamãe e risada de amigo.
E aposto que agora mesmo você está aí, lembrando de alguma coisa engraçada e ouvindo os ecos das próprias gargalhadas. Ande, sorria agora também, nunca é tarde pra lembrar e reviver.
Aproveite. Ficarei aqui quietinha, deixando você se deleitar de tão sublime lembrança.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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