Ana Eliza Machado 15 de janeiro de 2017

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Se a vida fosse eterna, teríamos tempo para temer e crescer?

Se a vida fosse eterna, o Tempo seria somente Acaso?

Se a vida fosse eterna, teríamos pressa para fazer as pazes? Para consertar os erros, para melhorar?

Se a vida fosse eterna, seria comemorado o nascimento? Seria comemorado o passar dos anos?

Se a vida fosse eterna, teria graça a primeira vez?

Se a vida fosse eterna, que graça teria viver? Que graça teria tentar até alcançar o impecável, se tivéssemos todo o tempo do mundo? Que força teria um herói? Se o tempo passasse sem se aproximar do fim, como poderíamos dançar a vida sob o tic-tac do relógio? Como poderíamos cantar músicas eternas, se nem a morte elas sobreviveram? Que graça teria, se nada se renovasse?

Não é a vida que enfeita a morte. Não, é a morte que enfeita a vida. Não é pra ser temida, porém tão pouco apreciada, mas para ser encarada como natural, como vida, e não como fim.

Nada se perde, tudo se transforma.

Este texto expressa exclusivamente a opinião do autor e foi publicado da forma como foi recebido, sem alterações pela equipe do Entrelaços.


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